Já falei por aqui que o currículo se transformou ao longo do tempo, e isso ocorreu devido às diferentes maneiras de se olhar para esse currículo e de construí-lo e é importante tomar conhecimento dessas diferentes formas de pensar o currículo para podemos atuar sobre e nele.
As teorias criticas trouxeram a luz a questão da ideologia e das relações de poder no currículo num contexto de contra-cultura, de lutas sociais e de defesa dos direitos civis alguns exemplos são: a denuncia da reprodução no currículo, reprodução das desigualdades e da hierarquia, a questão do currículo oculto, ou seja as intenções por trás do currículo e das ações dos professores, sejam elas conscientes ou não, ou a importância da critica de Paulo Freire à educação bancaria e a proposição de uma educação que reconheça e parta das vivencias dos alunos.
Já as teorias pós-criticas foram além e pensaram a questão cultural abordando temas como: o fato de que as desigualdades não se resumem a questão de classe, mas também de raça, etnia e gênero, e que esses conceitos devem ser historicizados no processo de construção conjunta de conhecimento, a necessidade de “estranhar” o currículo e a atuação sobre ele que estão propostas atualmente, a importância de reconhecer a “colonização” do currículo e como descolonizá-lo em busca do reconhecimento e valorização das diferentes culturas.
Compreender esse processo histórico contribui para pensarmos como integrar essas diferentes proposições a nossa prática pedagógica.
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