quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Avaliação, avaliada, avaliativa!!!

     Coração disparado, mãos suando frio, o momento se aproxima, está próximo, é inevitável, um sentimento de ansiedade misturado a tensão e fatalidade lhe tomada todo o espírito, este é o momento, é a sua única chance, eis que o sinal é dado e sob o som estridente do sinal tem inicio a prova trimestral...
      A maior parte das pessoas passará por isso de tempos em  tempos até o fim da sua vida escolar, e ao fim da prova não lembraram mais o que escreveram e jamais saberão porque erraram.
     Mas será que deveria ser assim?
Será que tanto sofrimento é necessário?
    Há quem diga que não! Em contraponto a essa avaliação quase terrorista, existe a avaliação formativa, isso mesmo, uma avaliação que tem por função construir conhecimento e não classificar, rotular e ranquear.
    A avaliação é formativa quando propicia um espaço onde os alunos expressão o conhecimento que foi construído em sala e também estimulem os  alunos a pensar a expor as suas próprias reflexões.
    A avaliação formativa não diz à respeito só do aluno, ela também passa pelo professor que encara esse processo como uma atividade crítica, pois compreende que também aprende com a avaliação, e que ela serve ao professor para conhecer e fazer uma ponte entre o professor e o aluno. Assim o professor toma consciência do que os alunos não se apropriaram e pode então trabalhar em cima disso.
     Isso mesmo, o trabalho não acaba com a correção da avaliação, ao menos na avaliação formativa não. O retorno é um pilar fundamental dessa perspectiva de avaliação, pois a correção é o lugar onde o professor ao devolver as provas ira trabalhar os “erros” –  Erros, que já falei aqui em algum momento são parte importante no processo de aprendizagem – e os alunos saberão o que estava incorreto ou o que pode ser melhorado
    Mas a avaliação formativa não acontece só num dia especial em uma ou duas aulas, ela é um processo contínuo que leva em consideração toda a atuação dos alunos ao longo do conteúdo trabalhado, ela é multifacetada, acessível, maleável, o que não significa que é amorfa ou desorganizada, muito pelo contrário, deve ser muito bem estruturada. Precisa ser pensada, refletida, pois um componente essencial  são, também, os critérios de avaliação.
    Eles devem estar bem claros tanto para o professor como para os alunos, não pode haver dúvidas sobre o que o professor está propondo e como irá avaliar, para que assim os alunos se sintam seguros para construir um pensamento autêntico.
   Nossa... há muitas coisas para se falar sobre uma avaliação formativa, contudo acho q esse post já está ficando comprido de mais...
    O que é importante ter em mente é que avaliar de forma formativa faz parte da concepção educativa que o professor tem, está inserido em como ele pensa e trabalha os conteúdos, quais são os objetivos de suas aulas, à forma como vê seus alunos!!

sábado, 19 de novembro de 2011

Cinema e Educação

Boa Madrugada !!

Indicação de um filme muito lindo que acabei de apreciar, "A Língua das Mariposas".
Filme que fala da relação professor-aluno e a figura de um educador que transcende  a sala de aula!


 
(Lengua de las Mariposas, La, 1999)
Direção: José Luis Cuerda
Roteiro: Rafael Azcona, José Luis Cuerda, Manuel Rivas
Gênero: Drama
Origem: Espanha
Duração: 96 minutos
Tipo: Longa-metragem

sábado, 12 de novembro de 2011

Mas e os sistemas interacionistas?

  Trabalhar com os sistemas interacionistas pode ser uma decisão delicada, pois se faz necessária toda uma concepção de princípios didáticos, que transpassam desde a organização escolar até a disposição das carteiras em sala de aula.
O caos pode ser criativo...?!!
  Contudo esses sistemas propõem alterações interessantes, como o deslocamento do poder, que deixa de ser centrado na figura do professor para ser partilhado com os alunos, que se tornam mais interativos, mais atuantes, protagonistas. Surgem como fruto das discussões e críticas as formas tradicionais de ensino, e por entender que as formas tradicionais não mais davam conta das necessidades da sociedade.
  A atuação nesse sentido exige tempo, uma construção progressiva, a aquisição de competências funcionais e globais, uma consolidação dos saberes escolares nas experiências cotidianas dos alunos.
Exemplo de atuação interacionista!!
 Enquanto a estrutura escolar, as condições de trabalho e até mesmo a resistência dos alunos, impede uma radicalização no sentido da implantação de sistemas interacionistas, acredito que cabe ao professor incorporar aspectos que contemplem essa perspectiva ao longo de sua atuação.
 Questões simples, como construção de momentos de contradição e uma posterior resolução, de comparações e analogias, a possibilidades de finais abertos, confrontamento de fontes e construção de hipóteses, reconhecimento das diversidades e diferentes formas de avaliação podem ser trabalhados  ao longo de sua atuação.
Para encurtar... Sim, os sistemas interacionistas são algo que vou assimilar a minha bagagem de pressupostos didáticos. 

sábado, 5 de novembro de 2011

Cinema e educação

A indicação de hoje, interage com a perspectiva interacionista, - redundância total! Sociedade dos poetas mortos trás no final dos anos 1950 um professor de literatura que tem métodos de ensino e aprendizagem que entram em choque com o modelo ortodoxo da direção do colégio. John Keating, o professor, busca instigar os alunos através de problematizações, questionamentos, e uma imersão no saber a ser construído. Muito mais do que analisar ou quantificar é preciso vivenciar o que se está buscando entender. Os alunos ao aderir a essa forma de manejar o conhecimento se apropriam de conceitos, ideias e sentimentos de uma época que são transformados por este, configurando assim o real aprendizado, transformador, irreverente, contestador, perene e envolvente... e que se dá nas interações entre pessoas.
A baixo coloco uma pequena ficha técnica..



Título original: (Dead Poets Society)
Lançamento: 1989 (EUA)
Direção: Peter Weir
Atores: Robin Williams, Robert Sean Leonard,Ethan Hawke, Josh Charles.
Duração: 129 min.
Gênero: Drama.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sou interacionista??


Para responder essa pergunta preciso pensar o que é o interacionismo... se partimos do conceito em si pressupomos uma interação, uma interação que se dá entre um sujeito com o objeto de aprendizagem, uma interação que reconhece a intervenção de elementos biológicos e sociais.

O interacionismo pensa a aprendizagem como uma relação de dupla fecha, que Piaget conceituou como uma construção, entender a aprendizagem como uma construção é reconhecer que não há um conhecimento prévio, que ele é, logicamente, construído e essa construção resultaria na elaboração de esquemas.
Esquemas motores e mentais, que é quando realizamos a assimilação da aprendizagem e nos tornamos capazes de iniciar um processo de reflexeção sobre o objeto de aprendizagem.
O Interacionismo é uma forma de pensar o conhecimento que não é estanque, são concebidos como interacionistas todas as teorias ou reflexões que contemplam o elemento da dupla flecha – mas geralmente fazemos uma associação inicial e direta somente com Piaget e o construtivismo.
Entendendo que ser interacionista é compreender a atuação de elementos internos – inerente ao homem, como a cognição – e elementos externos – como fatores sociais, culturais, espaciais, históricos – posso afirmar que... Sim, sou interacionista, o que de forma alguma anula minha possibilidade de reconhecer outras formas de conceber o conhecimento e a aprendizagem.
Significa que a forma como concebo a aprendizagem irá refletir nas minhas atuações como mediador do conhecimento junto ao aluno, irá ressoar na maneira como penso e organizo minhas aulas, como me relaciono com os alunos, como interpreto e avalio suas ações, define em parte quem eu sou ou quem busco ser enquanto educador.
Não é um rotulo, nem um cartão de visitas, é uma peça de um grande mosaico que me constrói como EU!!