segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

... Pensando o Ensino...

Hora da ultima postagem...

A reflexão sobre o ENSINO foi a proposta desse blog, e isso aconteceu por diferentes ângulos, pensamos o ensino em relação as teorias de educação, na forma dos personagens que teorizaram sobre esse tema. Pensamos o ensino dentro da função social da escola, que se transforma, dialoga e interage com as sociedades no tempo e no espaço. Vimos o ensino através do currículo, nas diferentes atuações do currículo, ideológico,reprodutor, critico, oculto, questionador, e nas formas que assume, como prescrito, moldado pelo professor e por fim o currículo em ação. Olhamos também o ensino no viés da aprendizagem, buscando compreender como aprendemos e como atuar de forma efetiva na mediação do conhecimento.
E isso foi importante para tornar concreta a idéia de que o ENSINO, e o oficio de EDUCADOR são movimentos contínuos, densos, e essenciais na vida em sociedade.


Nos faz pensar qual a importância do ensino e também reconhecer as suas limitações. Reconhecer a importância da educação como direito social que só pode ser garantido na sua forma pública e gratuita e também os indivíduos que atuam nesse processo, o professor e também o aluno, olhados agora com outra perspectiva que ultrapassa o “ensino tradicional”, que promove um maior protagonismo aos alunos e uma atuação mediadora ao professor, o conhecimento também se torna mais palpável, presente e acessível.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Projeto... planejado... pensando


Isso mesmo, quando se tratando de educação o planejamento é fundamental, é um momento de reflexão, é a partir dele que irá se estruturar a atuação do professor ao longo do ano, a forma de avaliação, a abordagem do conteúdo.
É na construção dos objetivos que o professor ira definir o que quer com o trabalho proposto, que irá justifica-lo, demonstrar sua intenção principal.
O planejamento ocorre em três instancias que se articulam entre si o plano da escola(projeto político pedagógico), o plano de ensino e o plano de aulas. O planejamento serve de guia de orientação, não é algo técnico, mas também não pode ser amorfo.

Planejar o processo educativo é planejar o indefinido, porque educação não é o processo, cujos resultados podem ser totalmente pré-definidos, determinados ou pré-escolhidos, como se fossem produtos de correntes de uma ação puramente mecânica e impensável. Devemos, pois, planejar a ação educativa para o homem não impondolhe diretrizes que o alheiem. Permitindo, com isso, que a educação,ajude o homem a ser criador de sua história.

O planejamento também é
Processo contínuo que se preocupa com o para onde ir e quais as maneiras adequadas para chegar lá, tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto às necessidades do desenvolvimento da sociedade, quanto as do indivíduo



GAMA, Anailton de Souza e FIGUEREDO, Sonner Arfux de. O planejamento no contexto escolar. Disponível em: http://www.uems.br/na/discursividade/Arquivos/edicao04/pdf/05.pdf. Acessado dia 2 de dezembro de 2011.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Avaliação, avaliada, avaliativa!!!

     Coração disparado, mãos suando frio, o momento se aproxima, está próximo, é inevitável, um sentimento de ansiedade misturado a tensão e fatalidade lhe tomada todo o espírito, este é o momento, é a sua única chance, eis que o sinal é dado e sob o som estridente do sinal tem inicio a prova trimestral...
      A maior parte das pessoas passará por isso de tempos em  tempos até o fim da sua vida escolar, e ao fim da prova não lembraram mais o que escreveram e jamais saberão porque erraram.
     Mas será que deveria ser assim?
Será que tanto sofrimento é necessário?
    Há quem diga que não! Em contraponto a essa avaliação quase terrorista, existe a avaliação formativa, isso mesmo, uma avaliação que tem por função construir conhecimento e não classificar, rotular e ranquear.
    A avaliação é formativa quando propicia um espaço onde os alunos expressão o conhecimento que foi construído em sala e também estimulem os  alunos a pensar a expor as suas próprias reflexões.
    A avaliação formativa não diz à respeito só do aluno, ela também passa pelo professor que encara esse processo como uma atividade crítica, pois compreende que também aprende com a avaliação, e que ela serve ao professor para conhecer e fazer uma ponte entre o professor e o aluno. Assim o professor toma consciência do que os alunos não se apropriaram e pode então trabalhar em cima disso.
     Isso mesmo, o trabalho não acaba com a correção da avaliação, ao menos na avaliação formativa não. O retorno é um pilar fundamental dessa perspectiva de avaliação, pois a correção é o lugar onde o professor ao devolver as provas ira trabalhar os “erros” –  Erros, que já falei aqui em algum momento são parte importante no processo de aprendizagem – e os alunos saberão o que estava incorreto ou o que pode ser melhorado
    Mas a avaliação formativa não acontece só num dia especial em uma ou duas aulas, ela é um processo contínuo que leva em consideração toda a atuação dos alunos ao longo do conteúdo trabalhado, ela é multifacetada, acessível, maleável, o que não significa que é amorfa ou desorganizada, muito pelo contrário, deve ser muito bem estruturada. Precisa ser pensada, refletida, pois um componente essencial  são, também, os critérios de avaliação.
    Eles devem estar bem claros tanto para o professor como para os alunos, não pode haver dúvidas sobre o que o professor está propondo e como irá avaliar, para que assim os alunos se sintam seguros para construir um pensamento autêntico.
   Nossa... há muitas coisas para se falar sobre uma avaliação formativa, contudo acho q esse post já está ficando comprido de mais...
    O que é importante ter em mente é que avaliar de forma formativa faz parte da concepção educativa que o professor tem, está inserido em como ele pensa e trabalha os conteúdos, quais são os objetivos de suas aulas, à forma como vê seus alunos!!

sábado, 19 de novembro de 2011

Cinema e Educação

Boa Madrugada !!

Indicação de um filme muito lindo que acabei de apreciar, "A Língua das Mariposas".
Filme que fala da relação professor-aluno e a figura de um educador que transcende  a sala de aula!


 
(Lengua de las Mariposas, La, 1999)
Direção: José Luis Cuerda
Roteiro: Rafael Azcona, José Luis Cuerda, Manuel Rivas
Gênero: Drama
Origem: Espanha
Duração: 96 minutos
Tipo: Longa-metragem

sábado, 12 de novembro de 2011

Mas e os sistemas interacionistas?

  Trabalhar com os sistemas interacionistas pode ser uma decisão delicada, pois se faz necessária toda uma concepção de princípios didáticos, que transpassam desde a organização escolar até a disposição das carteiras em sala de aula.
O caos pode ser criativo...?!!
  Contudo esses sistemas propõem alterações interessantes, como o deslocamento do poder, que deixa de ser centrado na figura do professor para ser partilhado com os alunos, que se tornam mais interativos, mais atuantes, protagonistas. Surgem como fruto das discussões e críticas as formas tradicionais de ensino, e por entender que as formas tradicionais não mais davam conta das necessidades da sociedade.
  A atuação nesse sentido exige tempo, uma construção progressiva, a aquisição de competências funcionais e globais, uma consolidação dos saberes escolares nas experiências cotidianas dos alunos.
Exemplo de atuação interacionista!!
 Enquanto a estrutura escolar, as condições de trabalho e até mesmo a resistência dos alunos, impede uma radicalização no sentido da implantação de sistemas interacionistas, acredito que cabe ao professor incorporar aspectos que contemplem essa perspectiva ao longo de sua atuação.
 Questões simples, como construção de momentos de contradição e uma posterior resolução, de comparações e analogias, a possibilidades de finais abertos, confrontamento de fontes e construção de hipóteses, reconhecimento das diversidades e diferentes formas de avaliação podem ser trabalhados  ao longo de sua atuação.
Para encurtar... Sim, os sistemas interacionistas são algo que vou assimilar a minha bagagem de pressupostos didáticos. 

sábado, 5 de novembro de 2011

Cinema e educação

A indicação de hoje, interage com a perspectiva interacionista, - redundância total! Sociedade dos poetas mortos trás no final dos anos 1950 um professor de literatura que tem métodos de ensino e aprendizagem que entram em choque com o modelo ortodoxo da direção do colégio. John Keating, o professor, busca instigar os alunos através de problematizações, questionamentos, e uma imersão no saber a ser construído. Muito mais do que analisar ou quantificar é preciso vivenciar o que se está buscando entender. Os alunos ao aderir a essa forma de manejar o conhecimento se apropriam de conceitos, ideias e sentimentos de uma época que são transformados por este, configurando assim o real aprendizado, transformador, irreverente, contestador, perene e envolvente... e que se dá nas interações entre pessoas.
A baixo coloco uma pequena ficha técnica..



Título original: (Dead Poets Society)
Lançamento: 1989 (EUA)
Direção: Peter Weir
Atores: Robin Williams, Robert Sean Leonard,Ethan Hawke, Josh Charles.
Duração: 129 min.
Gênero: Drama.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sou interacionista??


Para responder essa pergunta preciso pensar o que é o interacionismo... se partimos do conceito em si pressupomos uma interação, uma interação que se dá entre um sujeito com o objeto de aprendizagem, uma interação que reconhece a intervenção de elementos biológicos e sociais.

O interacionismo pensa a aprendizagem como uma relação de dupla fecha, que Piaget conceituou como uma construção, entender a aprendizagem como uma construção é reconhecer que não há um conhecimento prévio, que ele é, logicamente, construído e essa construção resultaria na elaboração de esquemas.
Esquemas motores e mentais, que é quando realizamos a assimilação da aprendizagem e nos tornamos capazes de iniciar um processo de reflexeção sobre o objeto de aprendizagem.
O Interacionismo é uma forma de pensar o conhecimento que não é estanque, são concebidos como interacionistas todas as teorias ou reflexões que contemplam o elemento da dupla flecha – mas geralmente fazemos uma associação inicial e direta somente com Piaget e o construtivismo.
Entendendo que ser interacionista é compreender a atuação de elementos internos – inerente ao homem, como a cognição – e elementos externos – como fatores sociais, culturais, espaciais, históricos – posso afirmar que... Sim, sou interacionista, o que de forma alguma anula minha possibilidade de reconhecer outras formas de conceber o conhecimento e a aprendizagem.
Significa que a forma como concebo a aprendizagem irá refletir nas minhas atuações como mediador do conhecimento junto ao aluno, irá ressoar na maneira como penso e organizo minhas aulas, como me relaciono com os alunos, como interpreto e avalio suas ações, define em parte quem eu sou ou quem busco ser enquanto educador.
Não é um rotulo, nem um cartão de visitas, é uma peça de um grande mosaico que me constrói como EU!!

sábado, 22 de outubro de 2011

Cinema e educação

  Pensando na pedagogia Queer, que propõe estranhar a normalidade posto hoje um trailer de um filme que parece assumir essa proposta, mesmo que de forma singela.
  A excêntrica família de Antonia foi ganhador do Oscar de Melhor filme estrangeiro em  1996, mas esse não é um motivo plausível para assisti-lo e sim a forma como aborda questões como a sexualidade, os padrões da sociedade, as doenças mentais, um contexto de encontro de gerações.
 Fica a dica... 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Por que conhecer as teorias de currículo???

  Já falei por aqui que o currículo se transformou ao longo do tempo, e isso ocorreu devido às diferentes maneiras de se olhar para esse currículo e de construí-lo e é importante tomar conhecimento dessas diferentes formas de pensar o currículo para podemos atuar sobre e nele.
  As teorias criticas trouxeram a luz a questão da ideologia e das relações de poder no currículo num contexto de contra-cultura, de lutas sociais e de defesa dos direitos civis alguns exemplos são: a denuncia da reprodução no currículo, reprodução das desigualdades e da hierarquia, a questão do currículo oculto, ou seja as intenções por trás do currículo e das ações dos professores, sejam elas conscientes ou não, ou a importância da critica de Paulo Freire à educação bancaria e a proposição de uma educação que reconheça e parta das vivencias dos alunos.
  Já as teorias pós-criticas foram além e pensaram a questão cultural abordando temas como: o fato de que as desigualdades não se resumem a questão de classe, mas também de raça, etnia e gênero, e que esses conceitos devem ser historicizados no processo de construção conjunta de conhecimento, a necessidade de “estranhar” o currículo e a atuação sobre ele que estão propostas atualmente, a importância de reconhecer a “colonização” do currículo e como descolonizá-lo em busca do reconhecimento e valorização das diferentes culturas.
  Compreender esse processo histórico contribui para pensarmos como integrar essas diferentes proposições a nossa prática pedagógica.   

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Trans... o que?

  A educação sempre foi um campo de discussão e disputa, sobre o que é educar, sobre como educar, onde e por que educar. Os PCNs surgem então como mediadores/norteadores nessa discussão. Os PCNs trazem consigo influencias políticas, influencias teorias e conceitos variados, um conceito que é em certa medida central é o de transversalidade... mas o que é e como se aplica??
  A transversalidade é a integração das disciplinas a partir de temas e situações da realidade tais qual ética, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho e consumo e saúde, que como diz o documento que apresenta a proposta da transversalidade se propõem a  “compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambienta” e se legitimam por tratarem de  “questões importantes, urgentes e presentes sob várias formas, na vida cotidiana. O desafio que se apresenta para as escolas é o de abrirem-se para este debate”
 Os temas transversais não são estáticos pois partem da vivencia dos alunos e das necessidades da sociedade, assim conforme a conjuntura social e histórica novos temas são inseridos, tomemos como exemplo a atualidade, devido ao aumento impactante da violência na sociedade em diversos espaços o tema educação para a paz foi inserido nos temas transversais.
  O professor de cada disciplina tem a liberdade de escolher como trabalhar e o que trabalhar de cada tema, inserindo-os no conteúdo disciplinar. É uma tentativa de inserir questões sociais no currículo, aproximá-lo dos alunos e contribuir para atuação na sociedade.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Currículo... curricular... construído...!!

    A história é uma construção e como uma construção ela é passível de transformações, ao longo do tempo mudamos a forma de considerar a história, a forma de vê-la e de interpretá-la e essas mudanças são compreendidas atreladas as sociedades onde estão inseridas e as necessidades de seus participantes.
   Assim também se transformaram os meios de comunicação, as roupas intimas e os conceitos relativos à educação...
    A própria idéia de educação e de como educar também se transformou.

   Esses devaneios tem como objetivo – meio torto – de introduzir a transformação do conceito de “currículo”, um conceito que parece burocrático, mas que é resultado de toda uma construção e atuação...
   Se antigamente currículo significava apenas a grade disciplinar de uma instituição, hoje passa por formas de enxergar e interpretar a sociedade dentro do processo educacional.
   O currículo já foi oculto, critico ou engajado e hoje nos deparamos com contextualizações contemporâneas que têm varias formas de conceber o currículo a partir de problematizações criticas diferentes e que, diferente do que se habituou a crer, não são apenas destrutivas, e sim propositivas.
  Trago aqui o exemplo da questão étnico-racial sobre o currículo. Enquanto se celebra as diversidades e se faz um processo de somar todas as diferenças existentes na sociedade, criando um currículo multiculturalista, multifacetado e multicolorido, a problematização étnico-racial busca expor as diferenças como uma construção histórica e política e a intima relação entre o saber e o poder.
 Pensar a questão étnico racial no currículo é encará-las como uma questão de representação de representação, e as representações são dependentes das relações de poder, logo é necessário, para alterar as representações, “reorganizar” as relações de poder. Historicizar os conceitos é uma alternativa, pois assim a sua construção torna-se mais tangível, e percebemos que são conceitos sujeitos a manipulação e que se ressignificam dentro do momento histórico e de acordo com as representações hegemônicas.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Professor Historiador



   Quando se faz um curso de bacharelado e licenciatura teoricamente há a escolha entre lecionar ou atuar enquanto pesquisador, contudo no espaço da história, que no Brasil não possui a função de historiador reconhecida, e onde a cultura patrimonial ainda esta sendo “descoberta”  ouvimos se repetir o discurso de que estamos fadados a ser professores, não nosso fardo é maior ainda, ser professores numa escola publica onde o teto esta desabando, onde os alunos se esfaqueiam e os professores vendem drogas.
    O quadro descrito me lembra o filme “Lean on Me” ou na tradução em português “Meu mestre, minha vida”, mas a vida real é muito mais complexa e dinâmica do que um filme, não existem nas salas de aula reais alunos bonzinhos e alunos malvados, professores heróis e professores vilões.
    Na vida real existem alunos desmotivados, negligenciados pelos pais e o com dificuldades de aprendizagem, alunos que possuem condições estruturais mais favoráveis, professores sindicalizados e que ainda possuem sonhos utópicos e professores desmotivados, desacreditados com o baixo salário e o pouco ou nenhum reconhecimento.
    Bom, mas o foco hoje é o professor, e embora ainda não tenha ficado explicito, o professor de história. Primeiro devemos compreender que todo professor de história é também um historiador, assim como todo historiador deveria ser também professor.
Segundo, o professor de história possui um papel importante no papel de socialização comentado no post anterior, como já foi lembrado brevemente aqui nesse blog.
    Os jovens hoje se perguntam, “para que estudar história se já é tudo passado?”, eles possuem uma relação distante com a disciplina de história pois não vêem conexões entre ela  e o mundo onde vivem atualmente. E é ai que entra o professor de história...
  O professor de história deve buscar aproximar esse passado tão remoto da realidade de seus alunos, mostrar a eles que muitas questões atuais eram discutidas antigamente e que esses povos e acontecimentos antigos na verdade estão mais próximos do que pensamos.
  O professor historiador – no sentido de que constrói a história quando organiza seus conteúdos a ser ensinados e no próprio processo de transmissão e troca em sala de aula – é peça chave na transmissão da memória social e a través de sua disciplina pode levar os alunos a perceber que até mesmo essa memória social sofre alterações intencionais para servir determinados interesses, muito mais do que somente transmitir a memória social o professor de história leva os alunos a questioná-la e se tornarem conscientes que também estão inseridos nessa memória, assim como na história.
  O professor historiador também transmite valores que influenciam o comportamento e atitude dos alunos – na verdade esse é um papel que todos os professores cumprem – mas o professor historiador na disciplina de história tem a possibilidade de discutir a alteração desses valores no tempo e no espaço, como se dá essa mudança e por que.
  Dentro do papel de socialização assumido pela escola o professor de história se torna vital quando ele entende que para além de decorar datas, fatos e historinhas engraçadas sobre os grandes personagens históricos, ele tem a prerrogativa de tornar seus alunos conscientes e atuantes no processo histórico, cabe a ele desmistificar a idéia de grandes atores históricos e impulsionar os alunos a construir sua própria história.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Escola para que?

      Todos esperam algo da escola, que eduque seus filhos, que capacite trabalhadores, que ensine regras, que transforme gerações, que mude o mundo...
Existem os que anunciam o fim da escola, por ser uma estrutura retrograda, os que defendem sua remodelação e os que persistem na importância de sua função social.
        Afinal, para que serve a escola?
      A escola cumpre o papel de socialização dos saberes da sociedade, mas se engana quem pensa ou diz por ai que isso se restringe a um doutrinamento ideológico e reprodução da sociedade, o processo de socialização é complexo e abrangente.
      Para além da mera transmissão do conteúdo, a escola abarca trocas e interações pessoais, intercambio de ideias e uma própria cultura escolar. A escola insere as pessoas da sociedade civil organizada, mas busca incutir criticidade e  dimanismo à esses novos seres públicos.
Insisto do que já dizia no post anterior, por mais que nos tempos atuais as crianças tenham acesso a informação de todos os modos, por todas as mídias e nas suas interações pessoais, a escola, assim como o professor possuem função mediadora na assimilação e compreensão dessas informações e na transformação destas em saber disciplinar.
      O que é necessário é que a escola se abra para interagir com as transformações da sociedade, não no sentido de mergulhar no mundo digital e dos aparatos eletrônicos, em prol de informações rápidas e dinâmicas, mas no sentido de dialogar com as mídias que hoje em dia fazem parte do dia a dia das crianças, no sentido de reconhecer que não é mais a única detentora e transmissora de informação, e principalmente no reconhecimento da pluralidade que compõe a sociedade e o seu corpo dissidente.
    A escola enquanto instituição precisa compreender que seus alunos possuem diferentes origens, diferentes formas de aprendizado, diferentes necessidades, e que o discurso homogeneizador e meritocrata não é mais suficiente, na verdade, duvido muito que algum dia o tenha sido, pois esse discurso cabia apenas para perpetuar as desigualdades existentes na sociedade, quando o papel da escola deve ser transformador.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Para que serve professor?

    A sociedade possui como característica inerente a transformação e ao longo da história a sociedade assumiu diferentes atitudes e modos de vida. Atualmente a agilidade, a instabilidade e a inconstância  são elementos presentes, tanto as formas de comunicação, e até certo ponto, de relacionamento se alteraram,  a informação está por toda a parte, e a escola, assim como o professor têm constantemente suas funções questionadas pelos jovens. Mas é nessa “era da informação” que o papel do professor se torna fundamental.
   Os jovens são metralhados com informações a todo o instante, pelo rádio, pela TV, pela internet, mas o que muitos desconhecem ou ignoram é que informação e conhecimento não são sinônimos, e o papel do professor é auxiliar os alunos no processo de transformação da informação em conhecimento.
    Para isso o professor precisa tornar o conhecimento, nesse caso a História, próximo dos jovens. O jovem precisa ver sentido em estudar a história, e o professor entra em ação partindo da realidade dos seus alunos, dos elementos que estão presentes em suas vidas, das questões que lhes interessam ainda hoje para dialogar com o passado, um passado que não é estanque e que não é feito somente dos grandes homens, mas de pessoas comuns, que no fim, não são tão distantes de nós. 



PINSKY, Jaime, PINSKY, Carla Bassanezi. Por uma história prazerosa e conseqüente. In: História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003, p. 17-36.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Por que esse nome?

Passei alguns dias debruçada sobre a difícil tarefa de encontrar um nome para este blog, ao fim de tanto esforço optei por "De Paidéia a Clio" e acredito que vocês merecem uma explicação.

Paidéia é um conceito de formação que surge na Grécia antiga a partir do século V a.C. e tem como objetivo construir o homem como homem e como cidadão. Platão define Paidéia como “... a essência de toda a verdadeira educação ou Paidéia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um cidadão perfeito e o ensina a mandar e a obedecer, tendo a justiça como fundamento”.

Clio é a musa da História, é filha de Mnemósines com Zeus e neta de Cronos , as duas juntas têm por função impedir que Cronos, o tempo, devore todas as coisas.

A educação e a história sempre andaram juntas, na verdade a história esta em toda a parte, e a educação para formar pessoas conscientes, criticas e atuantes na sociedade é, ou ao menos deveria ser, o objetivo de todo educador, e é esse o horizonte que almejo.

Talvez seja uma pretensão, mas a educação é feita de pretensões e utopias...

Bom, estão convidados a adentrar meu mundo de devaneios e dividir comigo os conflitos, duvidas, posicionamentos e discussões de uma educadora em         formação.                                                                                                                      
                                                      
Obra: Clio de Pierre Mignard - 1689